Espera-se que após a atividade com este documentário, os estudantes possam:
- Refletir criticamente sobre o racismo estrutural e o preconceito na sociedade brasileira.
- Compreender porque conhecem poucos artistas e autores negros e negras.
- Ampliar o repertório sobre autores e artistas negros e negras.
- Reconhecer a importância de valorizar artistas e obras diferentes e que falam das muitas realidades da sociedade brasileira.
Antes
A fim de instigar a curiosidade dos estudantes, o professor pode realizar um levantamento com o nome de autores de literatura que os estudantes conhecem. A lista de autores e os nomes das obras deve ser elaborada coletivamente.
Provavelmente, os estudantes não conhecem Carolina Maria de Jesus e o seu nome não deve ser mencionado para constar na lista. O professor deve apresentar a autora e sua obra.
Após a apresentação das obras da autora, os estudantes devem ser instigados a levantar suas hipóteses sobre porque muitos não a conhecem e valorizam.
Durante
O filme pode ser assistido em sala de aula ou como uma atividade para casa. O mais importante é que o professor assista ao filme previamente e defina algumas questões a serem observadas e registradas pelos estudantes para a discussão posterior. Orientar o olhar dos estudantes para determinados trechos ou acontecimentos possibilita que a discussão seja mais produtiva e aprofundada. Alguns exemplos de questões:
- Por que Carolina de Jesus deixou Minas Gerais e veio para São Paulo?
- Quando a autora começou a registrar os acontecimentos da sua vida em um diário?
- Como era a vida de Carolina de Jesus antes da publicação do seu primeiro livro?
- A que se referem os livros Quarto de despejo e Casa de alvenaria?
Depois
Assistido o documentário, os estudantes podem expressar suas impressões e esclarecer suas dúvidas a respeito.
É importante que o professor proponha aos estudantes uma reflexão a respeito de como o audiovisual também conta a história a partir de um lugar, ainda que apresentando depoimentos e cenas de época, a edição, escolha das imagens e trilha sonora que sempre resultam em um documentário com a visão do diretor. Não há nenhum problema nisso, desde que os estudantes sejam convidados a refletir criticamente a respeito.
Os estudantes devem conversar sobre a condição da autora e o tipo de narrativa presente na sua obra. O professor pode solicitar que os estudantes retomem suas hipóteses iniciais e discutam se elas se confirmaram após assistirem ao documentário.
O professor deve instigar os estudantes a refletirem criticamente a respeito da desigualdade e como algumas histórias não são valorizadas, em especial, as histórias das pessoas negras e pobres.
O professor pode propor que os estudantes façam uma curadoria de livros e filmes de autores e autoras negros e negras, de diversas origens sociais, e organizar um Sarau mensal. A cada mês a turma pode compartilhar livros, filmes ou mesmo pesquisas sobre autores para ampliar seus repertórios e, como diz a escritora Chimamanda Adichie, evitar o perigo de uma única história.
